A Abraceel se reuniu com a Secretária de Competitividade e Política Regulatória do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Andrea Macera, e equipe, para apresentar as pautas defendidas pela Associação, além do estudo que mostra os impactos sociais derivados da abertura do mercado de energia elétrica para o grupo de consumidores de baixa tensão.
No encontro, realizado dia 25 de maio, o Presidente-Executivo da Abraceel, Rodrigo Ferreira, apresentou a organização dos consumidores no mercado de energia elétrica, dividido entre cativo, livre e mini e micro geração distribuída (MMGD), além do consumo em cada ambiente, com 53,6% no cativo, 38,8% no mercado livre e o restante na MMGD.
Aproveitou para lembrar que recente sondagem da CNI identificou que 56% das indústrias que atualmente estão no mercado regulado querem ser livres para poderem obter economia calculada entre 15% e 20% na conta de energia elétrica.
O Presidente-Executivo da Abraceel também frisou que o mercado livre de energia é responsável por viabilizar 83% da expansão da capacidade de geração de energia elétrica e que há potencial de crescimento com o acesso ao ambiente de livre contratação para as demais categorias de consumidores.
Em outro momento a Abraceel apresentou detalhes do estudo recém-lançado pela Associação que dimensiona os benefícios da abertura do mercado por classes sociais e categorias de consumidores.
Rodrigo Ferreira destacou a economia de R$ 35,8 bilhões por ano em comparação aos preços que são pagos no mercado regulado, com benefícios inclusive para os consumidores de baixa renda, mas também com grande impacto positivo para 150 milhões de brasileiros pertencentes à classe média e para pequenas empresas comerciais, industriais e rurais.
Nesse sentido, a Abraceel reforçou que há oportunidade para que 6 milhões de comércios e 411 mil indústrias da baixa tensão tenham acesso a energia mais barata e renovável ainda neste governo, em 2026, o que é fundamental para a redução do custo Brasil e aumento da competitividade da nossa economia
Outra mensagem que permeou a apresentação da Abraceel à secretária do MDIC é que há um cenário realista para que a abertura completa do mercado de energia elétrica no Brasil ocorra com equilíbrio, segurança jurídica e respeito aos contratos, sem custos de sobrecontratação, de forma que a universalização do acesso ao mercado livre de energia seja boa para quem migra e neutra para quem decida permanecer no ambiente regulado. Foi destacado pela Abraceel que a abertura do mercado elétrico dispensa subsídios e deve primar pela isonomia entre os consumidores.
Por fim, a Abraceel também apresentou avaliações sobre os custos da tarifa de Itaipu e outros temas da agenda do setor elétrico que impactam na competitividade do país, entre eles, formação de preço de energia elétrica, mercado de gás natural, carbono e comercialização independente de etanol.