O lançamento do PDE 2029 aconteceu no dia 11 de fevereiro, e foi feito pelo ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque.
O PDE é um documento elaborado pela EPE todos os anos e cada versão contempla um horizonte de 10 anos de expansão do setor de energia.
De acordo com o PDE 2029, um desafio para o planejamento da transmissão diz respeito à substituição da infraestrutura do sistema elétrico, pois a malha de transmissão já se encontra em fim de vida útil.
Em relação aos sistemas de micro ou minigeração distribuída, o estudo mostra que em 2029 existirão 1,3 milhão de consumidores adotantes, o que resulta em 11,4 GW e exige praticamente R$ 50 bilhões de recursos para investimento no período. A capacidade instalada adicional resultante será de cerca de 2.300 MWmédios, que poderá atender 2,3% da carga total do país ao fim do horizonte.
Nessa previsão de expansão, a energia fotovoltaica é a mais representativa, correspondendo à 86% da capacidade instalada e 63% da energia gerada.
Contudo, o modelo de autoconsumo remoto e geração compartilhada demonstra que a geração de base eólica, termelétrica e hidrelétrica tem grande potencial para ganhar espaço, podendo superar até mesmo a fonte solar.
O documento ainda sugere que parcela de energia injetada na rede permaneça sendo oferecida nos mercados regulados, mas, sugere que isso deve ocorrer principalmente, no mercado livre de energia. “Para tanto, a abertura do mercado livre deveria permitir consumidores da baixa tensão comprar e vender nesse mercado, inclusive entre si, através de transações peer-to-peer” (transações entre consumidores, sem intermediários).
A proposta da Abraceel em relação à geração distribuída (micro ou minigeração distribuída) é possibilitar a venda dos créditos excedentes no mercado livre.