Na semana passada, realizamos reuniões com a Aneel e o Ministério de Minas e Energia para discutir os impactos da crise no setor elétrico. Manifestamos nossa preocupação de que as medidas criadas para socorrer o caixa das distribuidoras atinjam o mercado livre. Os custos de sobrecontratação e a inadimplência incorridos pelas distribuidoras não podem recair sobre os consumidores livres, que também estão enfrentando dificuldades em honrar seus próprios contratos.
Aneel:
O Diretor-Geral da Aneel, André Pepitone, sugeriu que a crise é uma oportunidade de se rever o modelo do setor, principalmente no que se refere à supressão de subsídios. Sobre as medidas para o mercado regulado afetarem o mercado livre, o diretor acredita que essa fronteira não pode ser transposta, frisando que a Aneel está alinhada com a Abraceel nesse tema. Pondera, contudo, que ainda não se sabe o que fazer e qual o alcance das medidas. Defendeu a utilização dos fundos sem afetar as tarifas, que já estão altas.
MME:
O Secretário de Energia Elétrica, Rodrigo Limp, afirmou o alinhamento com as premissas defendidas pela Abraceel, destacando o respeito aos contratos. Acredita que no mercado regulado acontecerá um acompanhamento mais próximo pelo aparato institucional. Afirmou que a prioridade é manter a saúde do setor elétrico, sendo o cuidado com as distribuidoras essencial nesse trabalho, em especial no curto prazo, por serem essas as grandes arrecadadoras do setor.