Ângela Oliveira, diretora de Relações Institucionais da Abraceel, esteve presente no XIII Fórum Acende Brasil para discutir os desafios de ESG para o setor elétrico brasileiro nos próximos anos. O evento buscou identificar propostas que contribuam para preservar os recursos naturais, que aprimorem o relacionamento com as comunidades e que fortaleçam a governança corporativa das empresas que atuam no setor elétrico. Estiveram presentes como debatedores Daniel Keller (representante da candidatura de Ciro Gomes), Karina Bugarin (Simone Tebet) e Maurício Tolmasquim (Lula).
O que disse o representante da candidatura Lula?
Maurício Tolmasquim, ao ser questionado sobre o movimento de transição energética, enfatizou que o aumento da flexibilidade do sistema se dá pelo investimento em transmissão de energia para aproveitar o aspecto complementar das diferentes fontes energéticas, pela contratação de térmicas flexíveis e pelo armazenamento, por meio de baterias e hidrogênio, por exemplo, com a criação de um agente comercializador de armazenamento.
“A gente está propondo no plano (de governo) a universalização dos medidores, porque isso é fundamental, tanto para a gestão pela demanda quanto para haver uma abertura de mercado”, disse Tolmasquim.
Sobre modicidade tarifária, Tolmasquim defendeu a revisão de subsídios e acredita que alguns custos da CDE deveriam estar no Orçamento Geral da União. Nas considerações finais, disse que uma lição aprendida é o diálogo com o mercado e um meio importante para efetivar essa ação é a interlocução com as associações representantes dos segmentos do setor elétrico. Disse que foi perdido muito tempo na discussão sobre a abertura de mercado e acredita que o andamento poderia ter sido feito de forma mais rápida.
Mercado livre como solução para redução dos preços da energia
Daniel Keller, representante da candidatura de Ciro Gomes, respondeu diversos questionamentos repetindo o que já havia antecipado na edição de Sexta Livre realizada no âmbito do Abraceel nas Eleições, programa para interagir com candidatos e especialistas responsáveis pelas campanhas. Ele disse que a principal reserva de energia que o país deve buscar é o reservatório das hidrelétricas e que é importante fomentar as renováveis, eólica e solar.
Além disso, enfatizou a segurança operacional e a modicidade tarifária, entendendo que a abertura do mercado livre é bastante importante para as duas finalidades. “A partir do momento que o consumidor possa escolher como vai comprar essa energia, a tendência é que a gente caminhe para uma redução de tarifas”, disse. Keller manifestou que o cronograma previsto no PL 414/21 é bastante interessante.
“A Abraceel tem todos os números, o crescimento da tarifa do mercado regulado é muito acima da inflação, como vamos ter competitividade? Como vai haver desenvolvimento? É preciso atacar esse problema”, disse Keller sobre a redução da tarifa de energia elétrica.
A íntegra do evento do Instituto Acende Brasil pode ser acessada aqui.