No dia 15 de junho, a Abraceel se reuniu com o Superintendente de Regulação dos Serviços de Geração e do Mercado de Energia Elétrica, Alessandro Cantarino, e sua equipe para discutir sobre a contribuição da associação na segunda fase da Consulta Pública 11/2022 da Aneel, sobre o monitoramento prudencial do mercado de energia elétrica.
A Abraceel explicou que permanecem dúvidas no mercado quanto ao envio de duas informações devido ao fato de ainda não haver clareza na finalidade delas para o processo de monitoramento. As duas informações são as cinco maiores contrapartes de cada agente e suas exposições em reais. Também não há clareza sobre qual será o critério de maior contraparte, pois há possibilidade de informar tal dado em reais ou MWh.
Ao explicar trechos subsequentes da contribuição entregue na consulta pública, a Abraceel ponderou que é importante que os agentes tenham acesso ao sistema utilizado pela CCEE para fazer o cálculo do fator de alavancagem, possibilitando-os assim de realizar simulações. Da maneira que está proposto atualmente, não há possibilidade de os agentes reproduzirem os cálculos do monitoramento.
Sobre o fator de alavancagem em si, a Abraceel expôs que, segundo os estudos e simulações conduzidos pela Volt Robotics e pela própria experiência do mercado, um número aceitável para esse parâmetro só seria definido no período de teste conhecido como “operação sombra”.
Outro aspecto tratado pela Abraceel foi a periodicidade de verificação do patrimônio líquido, pois a periodicidade anual pode não refletir a posição real dos agentes e talvez o aceite de uma declaração contábil trimestral seja oportuna.
Por fim, tendo em mente que o período sombra acontecerá em uma época com perspectiva de baixa volatilidade de preços, a Abraceel destacou a importância de que sejam feitos “backtests” para outros períodos e que seja criado um comitê específico para essa função, com participação dos agentes.