A Petrobras reduz os preços da gasolina em 4% nesta sexta (31) e mantém o diesel inalterado. O corte na gasolina representará um decréscimo de R$ 0,0692 no litro do combustível, informa o Valor.
— Redução ocorre junto com a entrada no mercado da nova especificação da gasolina, que começa a valer em agosto – primeira fase da nova regulamentação da ANP prevê octanagem RON de 92, subindo para 93 em 2022. Vale para todo o mercado, não apenas para a Petrobras.
— A nova gasolina é mais cara, porém tem maior rendimento. “Essas novas especificações aprimoram a qualidade da gasolina brasileira, proporcionam maior eficiência energética, melhorando a autonomia dos veículos pela diminuição de consumo, e viabilizam a introdução de tecnologias de motores mais eficientes, com menores níveis de consumo e emissões atmosféricas”, explicou a agência no anúncio da medida.
Petrobras elevou sua participação no mercado de gasolina após a pior fase da crise, em abril, segundo balanço trimestral publicado ontem (30). A fatia passou de 74% em janeiro para 78% em junho – considerando as médias trimestrais, foi de 73% para 77% entre o primeiro e o segundo trimestres.
— O fator de utilização das refinarias foi de 78% em junho, o mesmo de fevereiro e março, após atingir 59% na média de abril – trimestralmente, médias de 79% no 1º tri e 70% no 2º tri deste ano, que incorpora abril.
A Petrobras registrou prejuízo de R$ 2,7 bilhões no segundo trimestre, com queda de 30% na receita líquida refletindo a redução de preços e de volume em todos os mercados de derivados, na comparação com o ano passado. No acumulado de seis meses, apenas a receita líquida com a venda de nafta cresceu (+26,2%)
— “Em termos de quebra por receita no mercado doméstico, diesel e gasolina tiveram sua relevância aumentada no 2T20 devido à queda abrupta nas vendas de QAV”, diz o relatório. Diesel (49%) e gasolina (18%) representam 67% receita de vendas de derivados no mercado interno da Petrobras. Veja o relatório (.pdf)
Distribuidoras de gás natural começam a repassar a nova rodada de reajustes nos preços em 1º de agosto. Acompanhando a queda nos preços do petróleo, a tendência é de redução das tarifas no país.
— Na região metropolitana do Rio, Naturgy anunciou queda média de 5,1%. Em Pernambuco, Copergás anunciou redução entre 9% e 16%.
A Golar Power fechou nesta quinta (30) contrato para o fornecimento de 40 mil m³/dia de GNL com a Copergás. O combustível será levado para a cidade pernambucana de Petrolina. A Golar vai investir US$ 2 milhões para implantar a infraestrutura de iso-conteinêres na cidade, que serão abastecidos pelo Terminal de GNL de Suape. epbr
Produção nacional de petróleo retornou ao patamar de 3 milhões de barris por dia em junho, informa a ANP. Total, incluindo a produção equivalente de gás natural, foi de 3,821 milhões de boe por dia – foram produzidos 128 milhões de m³ por dia.
— É a primeira vez, desde janeiro que a produção nacional de petróleo supera 3 milhões de barris por dia, destacou a agência.
— “Durante o mês de junho, 34 campos tiveram a suas respectivas produções interrompidas temporariamente devido aos efeitos da pandemia da covid-19”, informou. São 16 campos marítimos e 18 terrestres e um total de 60 instalações de produção marítimas com produção interrompida. Não houve alteração em relação ao mês de maio. Boletim publicado na ANP.
A reabertura do comércio aumentou a participação do mercado livre de energia em 18 estados em maio, informou a Abraceel – Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia.
— O maior aumento aconteceu no estado do Mato Grosso do Sul, que teve um aumento percentual de 44%, seguido do Rio Grande do Norte com 30%, e Mato Grosso com 29%. Apenas dois estados registraram quedas – Espírito Santo e Pará – e outros sete se mantiveram estáveis, informou a associação.
— Dados do MME mostram que a curva de consumo de energia este ano se aproxima dos níveis de 2019 desde maio – entre o fim de junho e fim de julho, a queda saiu de -6% para -1% na comparação anual.
— Recuperação acorre a despeito do aumento constante no número de casos de covid-19 – são 2,6 milhões de casos e 91 mil óbitos confirmados até esta quinta (30). No fim de maio, eram cerca de 500 mil casos e 30 mil mortos.
A primeira versão do Código Brasileiro de Energia Elétrica, que será apresentada à Comissão Especial nesta sexta (31), contará com quatro novidades para o setor elétrico: regras para geração distribuída; leilões de energia por fonte; um programa social; e a inclusão do PLS 232/2016, que tramita atualmente no Senado, com mudanças. Veja a entrevista com Lafayette de Andrada (Republicanos/MG)
Um dos vice-líderes do governo na Câmara dos Deputados, Evair de Melo (PP/ES) afirma que o Planalto não está aberto a ceder a “pressões corporativas” para alterar a nova Lei do Gás. Confia que o governo terá votos suficientes para aprovar o texto com a redação atual, definida na Comissão de Minas e Energia (CME), ano passado.
— “Se vier com protecionismo de categoria, tenho certeza que não avança porque a nossa responsabilidade realmente é fazer um novo marco”, afirmou. Veja a repercussão
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM/AP), descartou a retomada das sessões presenciais em agosto. Em resposta à questionamentos de outros senadores, o presidente destacou que não será possível realizar, inclusive, as votações presenciais para tratar da indicação de autoridades.
— O MME aguarda a aprovação de três indicações para agências do setor – duas para a ANP, incluindo o nome para diretoria-geral, e uma para a Aneel. epbr
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), afirma não ver possibilidade de aprovação no Congresso Nacional de um novo imposto sobre transações, como tem sido defendido pelo Ministério da Economia.
— “Vai mandar a proposta? Então encaminha. Estou dando minha opinião, não vai passar. PEC eu voto e vou votar contra. Aqueles poucos que influencio, vou influenciar para votar [contra] também”, garantiu Maia.
03.08
Fonte:epbr